Prepare-se para uma conversa especial e verdadeiramente única com Greg Barnes, o curador por trás do canal do YouTube GregSynthWizard:
https://youtube.com/@gregsynthwizard?si=TfPE7wQljCUy7b_C
Este canal abriga a maior e mais completa coleção de gravações ao vivo de Elton John disponível online. Não se trata apenas de um projeto de fã — é um arquivo histórico que cobre toda a extensão da lendária carreira de Elton, cuidadosamente montado a partir de fontes raras e difíceis de encontrar.
Greg não gravou esses shows pessoalmente, mas através de anos de dedicação, reuniu uma biblioteca massiva e inestimável de apresentações ao vivo — preservando a evolução da voz e da arte de Elton ao longo das décadas. Esse é o tipo de preservação cultural que merece reconhecimento agora, e não daqui a duzentos anos.
Na nossa próxima entrevista, vamos falar sobre a popular série “Wizard and The Kid”, as origens desse arquivo incrível, a conexão de Greg com a música e, é claro, teremos muitas risadas ao longo de uma conversa longa, mas muito prazerosa.
ROBSON VIANNA:
Greg, antes de tudo, é um enorme prazer ter você aqui. Seu canal é praticamente um parque de diversões para qualquer fã de Elton John — e também uma verdadeira aula de história.
Existem fãs… e existem os colecionadores. E dentro desse universo, há quem goste de reunir discos, revistas, itens raros, pôsteres, palhetas de guitarra… e aí existe você, que mergulhou de cabeça no áudio.
Há fãs especiais na web que fazem um verdadeiro trabalho arqueológico sobre Elton John — como você. Especificamente, muitos se destacam por essa dedicação, como:
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David Bodoh (http://www.eltonography.com)
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Paul Maclauchlan – Cornflakes & Classics: A musical history of Elton John
(https://web.archive.org/web/20100726025929/http://www.whizzo.ca/elton/ej1965.html) -
Ronnie Friend (https://youtube.com/@ronniefriend?si=Jya0pnPEOsrEC0do)
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Phillip Anness (https://youtube.com/@reginaldk6522?si=JXt8Ga97-kuOBVUa)
...entre outros. São pessoas que não apenas buscam informações raras, mas acima de tudo compartilham os resultados de suas pesquisas individuais. Eu me identifico profundamente com isso.
Não sei se as pessoas compreendem totalmente o valor cultural e histórico desse tipo de trabalho. Talvez só seja realmente apreciado daqui a 300 anos — mas eu reconheço sua importância, e você faz parte desse legado.
Robson Vianna – Pergunta 1:
Você se considera um “fã tradicional” que virou colecionador por acaso, ou desde o início já sabia que queria montar esse verdadeiro tesouro sonoro? E além dos áudios, você também coleciona outros tipos de materiais — físicos ou digitais?
GREG BARNES:
“Oh, essa é uma ótima primeira pergunta e terei prazer em responder! Antes de tudo, obrigado por entrar em contato comigo para esta entrevista. Vai ser divertido e estou ansioso por essa aventura!
Para responder à pergunta: eu me encaixo mais na categoria de 'fã tradicional que virou colecionador'. Quando comecei a conhecer o material de estúdio do Elton, eu não fazia ideia de como as apresentações ao vivo dele eram tão empolgantes e incríveis — então foi quase por acaso que passei a me interessar pelos shows ao vivo.
Enquanto eu me familiarizava com os discos de estúdio, acabei me deparando com vários vídeos da turnê de 1984 (Sydney e Wembley), e fiquei tão intrigado, entretido e fascinado com o que vi e ouvi, que quis explorar mais sobre esse lado ao vivo dele.
Eu não imaginava que isso me levaria a colecionar material ao vivo do Elton e a me comunicar com tantos outros fãs. Hoje em dia, eu coleciono principalmente arquivos digitais dos shows (em FLAC e MP3), mas também tenho uma pequena coleção de CDRs bootlegs físicos que adquiri por volta de 2011-2012.”
Robson Vianna – Pergunta 2:
Agora vamos voltar no tempo: como e quando começou a sua jornada com Elton John? Houve um momento específico, uma música ou um álbum que te fisgou completamente?
GREG BARNES:
“Vamos pegar o DeLorean de volta para 1995, quando fui exposto pela primeira vez à música do Elton. Meus pais tinham comprado O Rei Leão em VHS e, se eu quiser ser específico, foi assistindo a esse filme que ouvi uma música do Elton pela primeira vez.
Durante meus anos de formação, comecei a ser exposto a uma grande variedade de bandas, já que meus pais sempre foram apaixonados por música. Minha mãe fazia aulas de piano e meu pai tocava guitarra com os amigos em uma banda cover.
Foi por volta da 5ª série, entre 2000 e 2001, que ouvi uma música do Elton que não era do Rei Leão. Minha professora levava uma pasta cheia de CDs que ela tocava ao longo do dia, e lembro de ter ouvido “Rocket Man” em um deles. Muitos desses CDs eram compilações diversas, então ouvíamos vários artistas diferentes.
Graças aos meus pais e à minha professora da 5ª série, comecei a absorver toda essa variedade musical.
Em termos de começar a me interessar seriamente pela música do Elton, quero dizer que foi em meados dos anos 2000 que ouvi muito mais dos grandes sucessos dele. Músicas como “Tiny Dancer”, “Your Song”, “Candle In The Wind”, “Don’t Let The Sun Go Down On Me” e “Daniel” me foram apresentadas — e devo isso ao meu professor de história do rock. Em uma das aulas, estávamos estudando a década de 1970 e o nome de Elton aparecia o tempo todo. Além das músicas que mencionei, lembro também de “I’m Still Standing” e “Sad Songs (Say So Much)” sendo citadas.
A essa altura, eu já estava suficientemente interessado pelas músicas do Elton que conhecia, e perguntei aos meus pais se tinham algum disco dele. Minha mãe tinha uma fita cassete do Too Low For Zero, e esse foi o primeiro álbum do Elton John que eu ouvi. Gostei muito e, em 2008, comprei meu próprio CD do álbum e também da coletânea Greatest Hits 1970-2002.
Desde então, adquiri todos os álbuns de estúdio oficiais do Elton e fiquei completamente fisgado pelo material ao vivo. Tenho que agradecer aos meus pais e a dois dos meus professores favoritos por me apresentarem ao Elton!”
Robson Vianna – Pergunta 3:
Agora vem aquela pergunta que todo fã hardcore adora responder: quais são suas músicas favoritas? Pode citar três ou quatro sem medo de ser injusto!
GREG BARNES:
“Obrigado por ser gentil comigo e me deixar escolher até quatro favoritas! Vamos ver… sem uma ordem específica: “Someone Saved My Life Tonight”, “One More Arrow”, “Have Mercy On The Criminal” e “Tonight”.
Escolhi essas quatro músicas porque posso ouvi-las repetidamente e nunca me canso. Adoro o vocal nelas, e a qualidade musical é incrível. Há também tanta emoção nessas faixas que você realmente sente as letras do Bernie Taupin através das interpretações vocais do Elton.”
Robson Vianna – Pergunta 4:
E quanto aos álbuns? Existe um (ou mais) que você considera perfeito — daqueles que dá pra ouvir do início ao fim sem pular nenhuma faixa?
GREG BARNES:
“Na minha opinião, o Elton fez muitos álbuns excelentes, e eu tento não pular nenhuma faixa — mesmo que eu não curta muito alguma música em particular. Gosto de ao menos dar uma chance para cada canção. Tenho, sim, meus álbuns favoritos e os que gosto menos, mas respondendo à sua pergunta, há três álbuns do Elton que eu considero perfeitos para mim: Madman Across The Water, Don’t Shoot Me I’m Only The Piano Player e Captain Fantastic & The Brown Dirt Cowboy.
Se eu estivesse naquela situação do tipo ‘ilha deserta’, em que só pudesse levar um álbum do Elton, eu teria muita dificuldade para escolher entre esses três.”
Robson Vianna – Pergunta 5:
Agora aquela pergunta clássica de fã para fã: por que Elton John? Com tantos artistas talentosos por aí, o que foi que te conectou tão profundamente à música dele?
GREG BARNES:
“Acho que tudo se resume à química entre a música do Elton, sua voz, as letras do Bernie e os músicos com quem o Elton tocava. Há algo na maneira como a música do Elton é arranjada que simplesmente te envolve.
O Elton é um dos meus vocalistas favoritos, e até hoje acho que ele é subestimado nesse aspecto. Ele tem um fluxo melódico incrível no estilo vocal e realmente sabe como usar a voz para transmitir as letras do Bernie.
A música também é maravilhosa. Com toda essa mistura de influências e a diversidade absurda do repertório dele, o Elton te puxa para dentro da obra. Aposto com você que, se pegar dez pessoas aleatórias na rua que não conhecem o trabalho do Elton, pelo menos uma música dele elas vão gostar. Tem algo para todo mundo.”
Esses três CDs têm um simbolismo especial por trás deles:
A coletânea Greatest Hits foi a primeira coisa relacionada ao Elton que comprei.
Too Low For Zero foi o primeiro álbum de estúdio.
E o bootleg Breaking Hearts Across America foi o primeiro show ao vivo/bootleg do Elton que comprei.
— Greg Barnes
Robson Vianna – Pergunta 6:
Conta pra gente: quando surgiu a ideia de criar o canal? Foi algo planejado ou começou de forma gradual, como um hobby que foi crescendo?
GREG BARNES:
“Comecei a sentir vontade de postar material ao vivo do Elton em 2010 e, em outubro daquele ano, criei oficialmente o canal GregsynthWizard no YouTube. O canal surgiu quase por acidente, já que originalmente eu nem planejava criar um.
Ao longo de 2010, fui descobrindo essas gravações ao vivo não oficiais e fiquei impressionado com o quão divertidas e cheias de energia elas eram. Me lembro das primeiras que escutei como se fosse ontem. Além dos vídeos de Sydney 1984, Wembley 1984 e Sydney 1986, as primeiras gravações não oficiais que encontrei foram Kansas City 1982 (segunda noite), Boston 1979 (segunda noite), Wembley Arena 1985 (o bootleg Lord Choc Ice Goes Mental, de 14 de dezembro) e uma coletânea chamada Red Spectacles.
Mostrei esse material para alguns amigos, e eles também ficaram intrigados com o que ouviram. Eles me incentivaram a continuar buscando mais gravações ao vivo, e foi aí que surgiu a vontade de criar o canal no YouTube.
Desde então, tem sido uma jornada sem fim — e estou me divertindo muito com esses shows. Adoro falar sobre eles, discutir com outros fãs/amigos e divulgá-los para atrair mais pessoas para a música do Elton. Pretendo continuar trabalhando com esses shows pelo maior tempo que puder.”
Robson Vianna – Pergunta 7:
Você não gravou essas performances pessoalmente, mas reuniu material de diversas fontes. Como foi o processo para encontrar, selecionar e organizar tudo isso? Foi difícil conseguir certos shows?
GREG BARNES:
“Tudo depende do show, mas geralmente há uma história por trás do primeiro contato com cada gravação. Às vezes, esses shows simplesmente aparecem na internet e o processo é bem simples — só clicar e baixar. Outras vezes, recebo shows gravados em fitas cassete, e aí preciso transferi-los para formato digital antes de colocá-los no YouTube ou em outro site.
Também já comprei fitas ou CDs de shows em sites especializados, já recebi gravações pessoalmente e, em alguns casos, os shows são utilizados para troca com o objetivo de conseguir mais material — e isso pode envolver uma longa espera.
No final das contas, tudo vale a pena, porque todo mundo sai ganhando.
Pessoalmente, gravei seis shows do Elton: Grand Rapids 2016, Detroit 2018 (as duas noites) e os três shows de Detroit 2022. Adoro contribuir com esse acervo de material que está circulando por aí. Ver as pessoas felizes curtindo as apresentações ao vivo do Elton e ler os comentários com memórias dos shows coloca um grande sorriso no meu rosto — e eu amo isso.”
Robson Vianna Pergunta 8:
Houve algum show ou gravação em particular que foi especialmente difícil de conseguir ou restaurar? Alguma história dos bastidores dessas buscas que realmente se destacou?
GREG BARNES:
“Existe uma gravação que se destaca nesse sentido, por ter sido difícil de adquirir, e foi o Columbia da turnê Reg Strikes Back (13 de setembro de 1988). Eu encontrei uma pista potencial desse show no começo de 2013 e nada aconteceu. Foi um pouco frustrante ver algumas listas de troca com esse show, mas os e-mails ligados a elas estavam desatualizados ou a pessoa havia parado de trocar shows. Demorou quase dois anos até que finalmente consegui ouvir e transferir uma cópia do show, e tive sorte porque aquela lista de troca tinha um e-mail ativo. Fiquei muito satisfeito quando transferi esse show e meus amigos adoraram. Recentemente, conseguimos uma grande melhoria dessa gravação, a partir da fita master, e é uma das fitas com melhor qualidade sonora de toda a turnê Reg Strikes Back.
Sobre o assunto de difícil restauração, às vezes me deparo com gravações que estão na velocidade errada, onde o Elton parece estar com voz de hélio ou imitando Barry White, e preciso ajustar a velocidade de reprodução. Como as gravações analógicas são imprevisíveis, você nunca sabe exatamente como será a velocidade na reprodução. Lembro de ter consertado uma cópia antiga do show de Zurique, 1989, há mais de uma década, e a velocidade da reprodução variava muito — de 3 semitons mais rápido a 1 semitom mais lento!”
Robson Vianna Pergunta 9:
Seu canal também se destaca por mostrar a evolução da voz do Elton ao longo das décadas. Isso realmente chama a atenção dos fãs mais atentos. Como você percebe essas mudanças? Existe alguma era vocal que você considere especial ou subestimada?
GREG BARNES:
“A voz do Elton mudou mais vezes do que a direção do vento, e essa é uma das coisas realmente únicas sobre ouvir seus shows ao vivo ao longo das décadas. Você pode escolher 10 anos diferentes da carreira ao vivo dele e nenhum vai soar exatamente igual. O fato da voz do Elton mudar tanto com o passar dos anos gerou discussões muito interessantes, e alguns fãs gostam mais de certos períodos do que de outros. Independente de como a voz dele mudou — por idade, técnica vocal, efeitos pós-cirurgia vocal ou desgaste — a voz do Elton está sempre sendo discutida, e eu adoro ouvir a opinião de todo mundo sobre isso.
Já houve vídeos excelentes sobre a voz do Elton no YouTube (por exemplo, o vídeo do Brady Love sobre a cirurgia vocal do Elton), e ter todas essas informações ajuda muito a entender melhor as coisas.
Se eu tivesse que escolher uma era vocal especial do Elton, seria os anos de 1979 até o início de 1986. Isso se refere estritamente às performances ao vivo dele nesse período, que é chamado de “era do auge ao vivo”. Durante esse período, Elton era um cantor ao vivo muito consistente, que mais ou menos acertava todas as suas notas ao vivo e colhia os benefícios do trabalho vocal que fez com o Thom Bell no final de 1977.”
Robson Vianna Pergunta 10:
A série The Wizard and The Kid no seu canal do YouTube, onde você conversava com outro jovem fã na época, era uma conversa em vários episódios sobre cada álbum do Elton ou faixas específicas. Eu assistia muito e me divertia demais! Conte-nos mais sobre como essa ideia surgiu, quais foram os detalhes dessa fase e como o público reagiu. E onde está seu co-apresentador atualmente? Seria ótimo ouvir o ponto de vista dele sobre aquele período também.
GREG BARNES:
“Ah... eu adorava essa série. Atualmente está em hiato porque o Stan está sempre super ocupado e marcar as gravações é difícil, mas da última vez que falei com ele, ele estava bem. Espero um dia retomar o programa com ele porque me diverti muito conversando sobre os álbuns do Elton John.
Sempre quis falar sobre o trabalho de estúdio do Elton e estava jogando ideias sobre revisar os álbuns com algumas pessoas, e o Stan trouxe a ideia de colaborarmos em um projeto juntos. Temos uma química ótima nos episódios e gostávamos de provocar um ao outro para tirar reações engraçadas.
Teve uma resenha onde discutíamos o álbum Jump Up e eu mencionei que “I Am Your Robot” era uma música clássica do Elton e dei nota 4 e 3/4 estrelas de 5. O Stan quase explodiu de raiva e começou a me criticar pela avaliação, e foi uma das coisas mais engraçadas que já presenciei. Isso continuou na resenha do Too Low For Zero e eu sabia que aquilo não ia acabar tão facilmente!
Espero que a gente retome a série porque sempre gostei de trabalhar com o Stan. Ele é demais.”
Robson Vianna Pergunta 11:
Como tem sido para você receber esse reconhecimento da comunidade? Você imaginava que o projeto chegaria tão longe?
GREG BARNES:
“Eu nunca esperei receber reconhecimento algum! Eu só queria postar algumas gravações ao vivo do Elton John, mas não fazia ideia da jornada que estava por vir! Se você me dissesse há 15 anos que eu estaria colecionando centenas e centenas de gravações do Elton e fazendo amizades com outros fãs ao redor do mundo, eu teria rido da ideia! Tem sido um período muito divertido até agora, e não pretendo desacelerar tão cedo. Eu gosto muito de todas as interações que tenho com outros fãs do Elton John e estou ansioso pelos próximos capítulos dessa jornada.”
Robson Vianna Pergunta 12:
Você já esteve em contato com outros fãs ou colecionadores que ajudaram você nessa jornada? Alguma história interessante de colaboração — seja com material raro ou curiosidades divertidas?
GREG BARNES:
“Com certeza. Sem as amizades e colaborações que tive com outros fãs e trocadores de fitas, provavelmente eu não estaria fazendo esse projeto agora. Existem pessoas incríveis na comunidade do Elton que têm sido muito prestativas me ajudando a limpar as gravações e garantindo que eu mantenha tudo organizado. Eu não conseguiria fazer isso sozinho, é um esforço de equipe grande.
Sem os gravadores, colecionadores e contatos que conheci, eu provavelmente não estaria na posição em que estou hoje. No máximo, seria um fã do Elton John que conhecia principalmente os álbuns de estúdio e alguns poucos materiais ao vivo. Essas interações com outros fãs me transformaram em um super fã e entusiasta de gravações ao vivo.
Eu colaborei com o canal “EltonStuff” no YouTube, onde ele me enviava cópias de shows para eu limpar (geralmente corrigir a velocidade) e eu tentava melhorar o som se pudesse. Ele tem me ajudado muito, mantendo tudo organizado com as gravações e certificando-se de que eu não fique com cópias ruins dos shows!”
Robson Vianna Pergunta 13:
Existe algum momento específico no canal que você considere inesquecível? Pode ser um vídeo viral, um comentário especial ou até uma descoberta que te surpreendeu.
GREG BARNES:
“Eu gostaria de lembrar o nome do canal, mas na minha postagem original do show de Kansas City 1982, alguém entrou em contato comigo dizendo que tinha uma lista de shows do Elton que queria me enviar para ajudar a crescer minha coleção. Embora essa postagem de Kansas City já tenha sido removida, pois cópias muito melhores circulam no YouTube, eu ainda me lembro desse comentário. Foram ações assim que realmente me fizeram continuar e aproveitar o hobby de colecionar shows ao vivo.”
Robson Vianna Pergunta 14:
E claro, vamos falar do presente: como você vê o Elton John hoje? Depois de tantos anos de carreira, como você avalia essa fase mais recente da vida e da música dele?
GREG BARNES:
“Eu vejo o Elton hoje como uma lenda viva que merece sua (semi)aposentadoria dos palcos. Ele deu tanto para tantas pessoas ao longo das últimas seis décadas que merece toda a admiração e respeito que conquistou. Eu assisti a seis shows fantásticos dele e tive a oportunidade de conhecer muitas pessoas incríveis por causa do interesse compartilhado pela música dele. Fico feliz que ele ainda seja relevante hoje, com sua música alcançando gerações mais jovens, e também fico contente que ele continue trabalhando em músicas novas, e não apenas descansando sobre seus louros.”
Robson Vianna Pergunta 15:
Para encerrar esta seção — mas não a entrevista! — se você pudesse enviar uma mensagem diretamente para o Elton John, sabendo tudo que você ouviu, editou, preservou e compartilhou… o que você diria?
GREG BARNES:
“Eu simplesmente agradeceria a ele por toda a música maravilhosa e por criar grandes memórias para mim. Também o agradeceria por sua música ter ajudado a criar amizades incríveis na minha vida.”
Robson Vianna Pergunta 16:
Um show do Elton que você gostaria de ter visto ao vivo, mas não teve a chance.
GREG BARNES:
“Eu diria o show no Troubadour em 1970. Eu adoraria estar lá logo no começo e testemunhar o primeiro show do Elton nos Estados Unidos. Gostaria que esse show existisse completo para que todo fã pudesse curtir essa apresentação histórica em toda a sua glória.”
Robson Vianna Pergunta 17:
Uma música subestimada que merece mais reconhecimento.
GREG BARNES:
“A primeira música que me vem à cabeça é ‘Elton’s Song’, do álbum The Fox. Tem uma melodia linda e os vocais do Elton são fantásticos. É uma das minhas músicas favoritas dele da década de 1980.”
Robson Vianna Pergunta 18:
Um dueto dos sonhos: Elton John com quem?
GREG BARNES:
“Elton John & Freddie Mercury. São meus dois cantores favoritos e acho que as vozes deles se complementariam muito bem. Consigo imaginar eles trabalhando juntos numa balada de piano e tendo as vozes em destaque.”
Robson Vianna Pergunta 19:
Se você pudesse reviver apenas uma era da carreira ao vivo do Elton, com ele no auge vocal, qual seria?
GREG BARNES:
“A turnê de 1979 com Ray Cooper. É só o Elton e seu piano (com a percussão do Ray na segunda metade) com sua habilidade vocal sendo o centro das atenções. O canto ao vivo dele naquela época está entre os seus melhores e algumas apresentações individuais são simplesmente incríveis de ouvir.”
Robson Vianna Pergunta 20:
Vinil, CD, fita cassete ou streaming: qual seu formato musical favorito?
GREG BARNES:
“Eu escolheria o CD no geral. Adoro ter uma cópia física da minha música e, desde que cuide bem dos discos, não preciso me preocupar com problemas de som. Também posso ripar os discos para arquivos lossless, para ter uma cópia digital não física da música.”
Robson Vianna Pergunta 21:
Um fato surpreendente relacionado ao Elton que você descobriu por causa do canal e achou inacreditável.
GREG BARNES:
“No final de 2015, descobri por comentários e discussões que o primeiro show do Elton após a reabilitação seria lançado num evento chamado ‘Rocket Gift’. Fiquei super intrigado porque até então nunca tinha ouvido falar desse show. Eu sempre pensei que ele foi para a reabilitação, tirou o resto de 1990 e 1991 de folga (com algumas aparições esporádicas) e só voltou a fazer shows regulares em 1992. Eu não sabia que ele fez um show beneficente especial no Grosvenor Hotel, em Londres. Quando ouvi esse show pela primeira vez, fiquei impressionado. Elton soava renovado e completamente inspirado. Livre de seus demônios, ele renasceu naquele show.”
Robson Vianna Pergunta 22:
(Breve texto seu, não há resposta do Greg)
Bernie Taupin lançou três álbuns solo — um de poesia e dois cantando — e honestamente, eu gosto da voz dele! Acho que tem um estilo único e intimista. Sempre me perguntei por que ele e Elton nunca fizeram um dueto de verdade. Elton só fez backing vocals em músicas como "Citizen Jane" e outras, mas nunca um dueto, como fez com George Michael. Eu adoraria vê-los no palco cantando uma música juntos, mesmo que fosse um simples lado B.
Já que estamos falando do Bernie, há uma grande diferença entre o patrimônio líquido deles: Elton John tem cerca de 470 milhões de dólares, enquanto Bernie Taupin tem cerca de 70 milhões. Claro que isso faz sentido, pois Elton recebe tudo de shows, apresentações e contratos, enquanto Bernie recebe só a parte da composição.
Na verdade, encontrei essa informação em um post interessante no Quora:
Na verdade, explica exatamente isso: segundo um usuário bem informado, Elton não “divide” diretamente sua renda com Bernie — cada um recebe conforme o que está no seu contrato. Os royalties da composição das músicas são divididos entre eles (provavelmente 50/50), mas quando Elton sobe no palco ou vende ingressos, essa receita é 100% dele.
Você gosta do canto do Bernie Taupin? Algumas pessoas não gostam!
GREG BARNES: “Admito que não estou tão familiarizado com o material ou canto do Bernie quanto com o do Elton, mas o que ouvi é bem bom. Gostei bastante de ‘Citizen Jane’, em especial.”
Robson Vianna — Pergunta 23:
E para finalizar: se você pudesse assistir a apenas um show do Elton John com qualidade perfeita de som direto da mesa, qual seria?
GREG BARNES: “Tenho que voltar à mesma resposta que dei na pergunta 16 e dizer o show do Troubadour de 1970! Acho que pela importância histórica, esse show seria o que eu mais gostaria de ter completo em som de mesa. Imagine ouvir um Elton extremamente cru e faminto em seu primeiro show nos Estados Unidos!”
Robson Vianna:
Greg, foi um enorme prazer conversar com você. Seu trabalho é inspirador e, para muitos fãs, essencial. Obrigado por manter essa história sonora viva e por compartilhá-la com tanto cuidado. Que venham muitos mais áudios, transmissões ao vivo e, quem sabe — talvez até um arquivo oficial com seu nome no futuro!
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